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14 de Outubro de 2022

Projeto Rampa Digital ajudará jovens com dificuldades e mulheres vulneráveis a ganhar competências digitais

Acelerar a recuperação da economia através da tecnologia é o objetivo do programa Rampa Digital, lançado recentemente pelo .PT, entidade responsável pela gestão do domínio de topo português, com o apoio do Google.org, o braço filantrópico da Google.

O valor do investimento ascende a cerca de 500 mil dólares (476 mil euros, ao câmbio atual), indica ao Expresso fonte oficial do .PT, explicando que a iniciativa se destina a micro e pequenas empresas, em particular de regiões marcadas pela assimetria geográfica, mulheres em situação de vulnerabilidade e jovens com necessidades especiais.
O .PT é a entidade responsável pela conceção e execução de toda a iniciativa, enquanto a participação do Google.org nesta iniciativa é apenas enquanto mecenas.

O programa integra um conjunto de ações de formação e de mentoria, assim como de acesso gratuito a ferramentas digitais, tais como cursos online em vídeo, casos de estudo, sessões de acompanhamento e de formação online e presenciais. Estão previstas também sessões individuais e em pequenos grupo.

O roadshow informativo compreenderá quatro fases: a primeira, para levantamento de oportunidades e desenho de iniciativas, que decorrerá até julho de 2022; de seguida, será realizada a divulgação, mobilização de parcerias, e desenvolvimento de conteúdos e suportes de ação; e, após esse período, serão desenvolvidas as ações de formação e mentoria, que terão lugar até dezembro de 2023; e, por fim, a avaliação de impacto desta iniciativa, que deverá estar concluída até julho de 2024.
Sobre o mapa desta ‘viagem’, a mesma fonte do .PT indica ao Expresso que estão sinalizados 15 pontos de paragem “em zonas marcadas pela assimetria geográfica e social, tipicamente zonas menos urbanas e desenvolvidas”. O .PT está ainda a definir com as entidades parceiras os locais exatos.

Quanto aos elementos destacados para a equipa do projeto, respetivas áreas de formação e funções atribuídas, é dito que “a dimensão da equipa varia em função das ações que estejam no terreno, de áreas como legal, comunicação, gestão de projeto, desenvolvimento de negócio, e de formadores especializados”.

No que respeita, em particular, a mulheres vulneráveis e jovens com necessidades especiais, “o programa formativo a adotar está dependente do nível de maturidade digital de cada um dos públicos e das necessidades formativas identificadas por cada parceiro”. Todos os conteúdos programáticos serão de acesso livre e gratuito via www.rampadigital.pt.

Os objetivos? Potenciar a mudança através de um aumento de rendimentos e realização pessoal. “Mais concretamente, pretende-se qualificar digitalmente os participantes deste programa com vista à empregabilidade; diminuir a pobreza e exclusão digital; capacitar para concretizar autonomia e sustentabilidade económica; acelerar a recuperação económica através do digital; potenciar ideias e negócios com recursos digitais; e dinamizar o ecossistema empreendedor, capitalizando recursos digitais”, esclarece fonte do .PT.

Qualificar os recursos humanos através da tecnologia

Em comunicado de imprensa, Luisa Ribeiro Lopes, presidente do conselho diretivo do .PT e coordenadora-geral do INCoDe.2030 (projeto público para a promoção integrada do desenvolvimento digital), lembra que “a tecnologia terá, nos próximos anos, um papel decisivo na recuperação económica, no reforço da competitividade e no desenvolvimento social do país”. Por essa razão, “a qualificação dos recursos humanos, através da capacitação digital, tem de ser uma prioridade de empreendedores e empresas para melhor responder aos desafios da transformação digital”.


Na sua opinião, programas como o Rampa Digital “têm de ter a capacidade de chegar onde são mais necessários para gerar um impacto real no crescimento e na sustentabilidade das nossas micro e pequenas empresas, mas também na criação de oportunidades para os mais vulneráveis, em particular as mulheres e os jovens”.


Bernardo Correia, diretor-geral da Google Portugal, enfatiza que as micro e pequenas empresas movem a economia de Portugal e explica que esta é mais “uma das nossas contribuições para elevar as aptidões digitais do tecido empresarial português de forma a que essas empresas possam melhor competir eficazmente no mercado global e levar os seus fantásticos produtos e serviços às cerca de 5 mil milhões de pessoas que usam a internet globalmente”.

Ana Sofia Santos

fonte: https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/projeto...